Sou uma mãe normal, como tantas que existem pelo mundo fora.
Por vezes noto que na educação sou bastante rígida, não permito por exemplo faltas de educação e muito menos que fujam a algumas regras impostas cá em casa.
Aos olhos de alguns familiares sou considerada "militarista" mas isso não me incomoda minimamente.
Eu e o Pai somos as pessoas que decidimos e ponto final. E odeio que me desautorizem ou digam "oh é tão pequenino deixa lá o menino", "ela ainda só tem cinco anos e exiges tanto, coitadinha"!
O mais novo está a passar a fase de mandar (rebater) tudo para o chão quando é contrariado, bate na irmã, e sempre que alguém lhe diz alguma coisa que ele discorda quer dar pontapés. Pois é ... isso é algo que ando a batalhar faz mais de um mês e só agora começa a dar frutos.
Mas tem sido desgastante, pois há que entender que na faixa etária dele já entende muita coisa, mas algumas ainda demora a interiorizar. Se fossemos falar que alguém aqui em casa é agressivo, que ele vê filmes ou desenhos animados agressivos ... estaria a imitar! Mas NÃO ... é mesmo uma forma de ele se defender que não está a dar frutos e ele já percebeu.
Mas sabem que o truque de abraçar o meu filho quando ele está no meio de uma BIRRA funciona? Verdade. Além de acalmar ele diz: "mamã não estas chateada comigo pois não?". Perante esta frase fiquei feliz pois ele percebeu já muito bem o que me deixa muito magoada e triste (faço questão de frisar isso muita vez) são os comportamentos menos bons.
O que eu faço perante as birras do meu filho é simples, mas admito que desgastante:
- deixo-o chorar e gritar mas coloco-o numa divisão da casa onde não esteja ninguém (por exemplo quarto, bem iluminado e com todas as portas abertas);
- volto várias vezes ao quarto e refiro que enquanto ele não parar de chorar não consigo ouvir o que quer e muito menos dar-lhe colo;
- nunca, mas nunca lhe dou colo enquanto ele está a chorar e refiro isso (algumas vezes isso basta para ele parar ... mas nem sempre);
- assim que ele começa a abrandar vou abraça-lo com força e dou-lhe "colinho" (coloco a cabeça dele junto ao meu coração);
- vou falando muito devagar e explicando o que está mal e o que a mamã gosta imenso que ele faça em vez de gritar, rebater com brinquedos ou dar pontapés;
- após ele acalmar, fazemos as pazes com um beijinho repenicado e brincamos por uns momentos noutro local da casa e friso sempre o que ele fez mal e o que faz tão bem!!
Claro que cada criança é um caso, e isto resulta com o meu filho mas não resulta com a minha filha.
Mas tentem sempre falar mais baixo do que os gritos deles pois há tendência de elevarmos a voz e isso ainda piora (claro que ninguém é de ferro e no meio de 10 birras uma por vezes chega ao limite e elevamos a voz, mas rapidamente percebemos que aquele caminho é errado).
O pior para o meu filho é sentir que estou triste com ele e isso tem sido a minha "arma secreta" na luta contra as constantes birras diárias (sim ... por vezes são mais de 4 por dia, agora com tendência a diminuir nas ultimas semanas). E é verdade, fico mesmo TRISTE!!
Um beijinho a todas as mães e pais que estão a passar o momento das birras dos três anos!!
Não desistam NUNCA.
Blue Eyes
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